InícioDesignO que é BIM? Qual a importância para os arquitetos?

O que é BIM? Qual a importância para os arquitetos?

A tecnologia tem ajudado empresas de diferentes segmentos a melhorar a performance dos colaboradores e oferecer soluções mais práticas nas etapas de um projeto. Na arquitetura não é diferente. Afinal, ao entender o que é BIM, o profissional comprova a grande importância que ela tem nos dias de hoje.

Muitos ainda são resistentes ao uso de ferramentas ou ao auxílio de certos recursos tecnológicos. No entanto, o mercado sempre apresenta constantes mudanças e é necessário se adequar ao que ele propõe para manter o seu diferencial competitivo diante dele.

Se você ainda não conhece o termo, não se preocupe! Nos tópicos abaixo você terá a oportunidade de expandir seu conhecimento sobre o assunto e tirar suas dúvidas quanto ao tema.

O que é BIM

O Building Information Modeling – BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem na Informação da Construção), é a evolução da utilização de programas 2D para 3D, na elaboração de projetos.

É conhecido por ser um modelo virtual para que arquitetos, engenheiros e projetistas, possam realizar a modelagem e conduzir um bom gerenciamento de cada etapa das obras que farão.

Essa metodologia, que tem contribuído positivamente para a alta performance de vários projetos, foi criada por Charles Eastman, um americano que dedicou boa parte da sua vida a oferecer soluções práticas aos profissionais da área de engenharia e arquitetura.

Devido a importância conquistada nesses segmentos, o uso de BIM passará a ser obrigatório em projetos públicos, medida que valerá a partir de 2021. Vale lembrar que tal tecnologia foi regulamentada em 2006 pela ABNT.

O que NÃO é BIM

Um dos equívocos mais comuns sobre a metodologia é acreditar que qualquer modelo em 3D já se enquadra como BIM. Na prática, não é bem assim. 

Modelos que apenas representam visualmente uma construção, como maquetes digitais sem informações associadas, não são BIM. Isso porque o diferencial da metodologia está justamente na integração de dados inteligentes, que servem de apoio para orçamento, compras, fabricação e manutenção ao longo do ciclo de vida do projeto.

Outro exemplo recorrente são softwares que permitem alterar dimensões em uma vista sem atualizar automaticamente nas demais. Isso também não caracteriza BIM, já que a essência está na consistência e atualização simultânea das informações. 

Em resumo: BIM não é só desenho em 3D, nem um software específico. Trata-se de uma metodologia multidisciplinar que organiza informações e conecta profissionais de diferentes áreas em torno de um modelo virtual confiável.

Quando e onde foi criado o BIM

O conceito do Building Information Modeling (BIM) não foi criado de uma só vez, mas evoluiu ao longo de várias décadas a partir de pesquisas e desenvolvimentos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. O termo “BIM” foi popularizado mais tarde para descrever a metodologia. 

Principais marcos e origens:

Década de 1970

O professor americano Charles M. Eastman, do Instituto de Tecnologia da Geórgia e da Universidade Carnegie Mellon, é considerado um dos pioneiros. 

Em 1975, ele publicou um artigo chamado The Use of Computers Instead of Drawings in Building Design, descrevendo um protótipo que incorporava informações ao modelo de um edifício. Seu trabalho lançou as bases conceituais do BIM, embora ele tenha usado o termo Building Description System (BDS).

Década de 1980 

Softwares precursores do BIM surgiram, como o RUCAPS, Sonata e o Reflex. Em 1987, a Graphisoft lançou o ArchiCAD, que foi um dos primeiros a implementar o conceito de “edifício virtual”.

Década de 1990

O termo Building Information Model (BIM) como o conhecemos hoje foi documentado em um artigo de G.A. van Nederveen e F. Tolman, publicado na revista Automation in Construction em 1992.

Anos 2000

O BIM começou a se popularizar na indústria da construção, impulsionado por empresas de software como a Autodesk e a expansão de softwares mais acessíveis. O uso da metodologia se consolidou e se expandiu globalmente. 

Portanto, enquanto o conceito começou a se desenvolver nos anos 70 com pesquisadores como Charles Eastman nos Estados Unidos, a popularização e a consolidação do BIM como metodologia e termo ocorreram nas décadas seguintes, com contribuições de diferentes países e empresas. 

BIM no Brasil: quando foi implementado e desafios atuais

No Brasil, a tecnologia BIM começou a ser conhecida nos anos 2000, mas só ganhou força de fato a partir de 2010. 

Um marco importante veio em 2018, com o Decreto nº 9.377, que instituiu a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM. Essa medida previa difundir a metodologia, estimular investimentos, capacitar profissionais e definir diretrizes para sua aplicação.

Em 2020, outro decreto reforçou a obrigatoriedade do uso de BIM em obras e serviços contratados pelo governo federal, estabelecendo que a metodologia deve estar presente desde a fase de projeto até a manutenção das construções.

Apesar dos avanços, ainda enfrentamos desafios significativos, como a falta de mão de obra especializada, a dificuldade de pequenas empresas em adquirir softwares e a resistência cultural de alguns profissionais em abandonar métodos tradicionais. 

Além disso, a interoperabilidade, a capacidade de diferentes ferramentas BIM “conversarem” entre si, ainda é um obstáculo. Superar essas barreiras é essencial para consolidar o BIM em todo o mercado nacional.

Como os arquitetos, engenheiros e projetistas se beneficiam

Nós falamos muito em soluções tecnológicas nos últimos meses por ser um tema em alta em qualquer segmento de mercado. Inclusive, indicamos a leitura sobre tecnologia no ambiente corporativo para você ficar por dentro do que vem aí!

Voltando… quem trabalha em equipe sabe que é necessário contar com os esforços de todos os membros e manter as expectativas alinhadas para o time estar sempre focado na otimização de resultados e em constante cooperação.

As soluções tecnológicas são responsáveis por mudanças positivas dentro de um ambiente de trabalho e o BIM intensifica ainda mais essa proposta. Além da implantação dessa metodologia permitir uma redução de custos, a produtividade crescerá devido à interação com os recursos tecnológicos; pois existe o cruzamento de projetos, eliminando ou diminuindo os erros.

É uma medida que garante a rapidez nas etapas do projeto, a construção de um plano de comunicação mais eficiente, um índice menor de alterações e a presença da qualidade constantemente nas prestações dos serviços.

Como o meio ambiente se beneficia dessa tecnologia

A sustentabilidade é um tema muito explorado devido a importância do ser humano repensar hábitos e tentar compreender a situação em que o mundo se encontra. É interessante, além de conhecer o que é BIM, focar em soluções sustentáveis.

Com a adoção dessa metodologia o arquiteto poderá colaborar na redução de impacto ambiental e fazer uma análise preventiva a fim de identificar riscos e prevenir certas atitudes que causam malefícios ao meio ambiente.

Além de eliminar possíveis erros que possam utilizar de forma desnecessária, materiais seriam descartados no meio ambiente.

O uso do BIM traz grande qualidade aos projetos elaborados por escritórios de arquitetura, de engenharia e dos demais projetistas, pois permite aos desenvolvedores avaliarem os materiais utilizados na construção, escolhendo as melhores opções e prevenindo problemas estruturais que poderiam resultar em prejuízos financeiros.

Como integrar a tecnologia BIM em projetos elétricos

Entre as inúmeras aplicações, o BIM também revoluciona a área de projetos elétricos. Isso porque a metodologia permite cruzar informações de arquitetura, hidráulica e elétrica em um único modelo, evitando falhas de compatibilidade e reduzindo retrabalhos.

Para apoiar os profissionais nesse processo, a QTMOV está desenvolvendo sua própria biblioteca BIM.

Com esse recurso, é possível inserir os produtos diretamente no projeto, obter quantitativos automáticos de materiais, visualizar a instalação com precisão e ganhar eficiência na elaboração de projetos elétricos. 

Além disso, o uso da biblioteca garante maior confiabilidade no planejamento, já que os componentes estão parametrizados para refletir fielmente as especificações técnicas.

Ou seja, integrar o BIM aos projetos elétricos significa não apenas trabalhar com mais agilidade e qualidade, mas também oferecer ao cliente soluções seguras, sustentáveis e alinhadas às exigências atuais do mercado.

Se você quiser se aprofundar ainda mais em softwares que podem transformar sua forma de projetar, escrevemos um artigo falando dos melhores softwares para design de interiores. Confira!

Softwares mais usados

Agora que você já sabe o que é BIM e as vantagens que ele traz, é necessário escolher um software para implantar essa tecnologia e já se acostumar com ela no seu dia a dia.

Atualmente contamos com variadas opções: Think Project, Synchro Pro, Vico 4D BIM Scheduling, Zutec, entre outros. No entanto, os mais utilizados são o REVIT e o QI BUILDER. O REVIT, é um software da Autodesk, (Dona também do AUTOCAD, sendo o REVIT seu sucessor), conhecido mundialmente e que permite a modelagem 3D. Tanto os profissionais da área de engenharia quanto os de arquitetura e outros, se beneficiaram com a ajuda desta ferramenta.

O QI BUILDER, é um software de alto QI, muito utilizado pelos arquitetos, engenheiros e projetistas.

Depois desse resumo sobre o que é BIM, você ficou animado para ver o mercado aderindo a ela? A metodologia colabora não só para o sucesso dos seus projetos, mas para o trabalho integrado.

QTMOV
Marca de produtos da Dutotec Industrial. São mais de 70 soluções de conectividade elétrica, que agregam mais valor tanto ao mobiliário residencial quanto ao corporativo..
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